sábado, dezembro 30, 2006

Hoje e dia "Nao", amanha sera "Talvez"

Em tempo de exames, pára tudo. A única coisa que anda bem depressa, é o cérebro e as retinas para absorver o máximo possível. As mãos... bem, essas tentam acompanhar o ritmo frenético do conhecimento. O pior é quando fazemos o que fazemos pra provar a alguém que estão errados...
Enfim..
Nunca mais é dia 16 :)
Até lá, tenho a vida em espera :)
Tenho que me despachar! ^^

- "Boa sorte!"
- Obrigado!



António José Trindade

terça-feira, dezembro 26, 2006

Atrasos (de vida)...

Odeio quando o banco se atrasa com as transferências e me cortam a net.
Odeio quando me cortam a net...

Esta altura deixa-me sem paciência... aturar aqueles familiares "queridos", anúncios de brinquedos a toda a hora, serviços fechados, músicas que parecem ter saído dos laboratórios de tortura do KGB, estão entre alguns dos catalisadores para esta particular falta de paciência que, por omissão, não é uma das minhas mais reconhecidas qualidades.

Resultado disso, hoje, pela segunda vez na minha vida, não acabei de ver um filme. Já vi muita merda, mas até hoje, só o Moulin Rouge e o The Net 2.0 se podem gabar de não os ter conseguido ver até ao fim. Acho inacreditável que no século XXI ainda se façam filmes com salas de computadores sempre a fazer barulhinhos e a apitar, e operações que tipicamente são feitas em CLI (Command Line Interface, para os menos familiares com a sigla) apareçam em ambientes 3D holográficos fantásticos cheios de luzinhas e cores e "Atenção! Brecha de segurança aqui!", enquanto navegam pelo mundo tridimensional das firewalls dos bancos e criam código sem bugs on-the-fly. Fantástico. Um dia quero ser assim.

O Hackers era dos 80's... Na altura as pessoas nem sabiam o que era um computador! Agora até em África já há computadores! Enfim... Holywood no seu melhor.

Ter aguentado meia hora foi obra... acho que só o consegui por causa da gaja. Tinha tudo no sítio... pena ser loira.
A gaja...

Mas nem tudo está perdido... ontem vi finalmente a saga dos Kill Bill e tenho que dizer isto: Tarantino a presidente!

Já disse que odeio quando me cortam a net e me obrigam a ver filmes?


- Peçonha

sexta-feira, dezembro 22, 2006

O verdadeiro "Espírito de Natal"

Ao invés de perder 2 horas a escrever um testamento a tentar explicar às criancinhas (algumas bem grandes...) porque é que o Natal, como nós o conhecemos hoje em dia, é uma importação patética (mais uma...) dos Estados Unidos da América, deixo-vos com uma imagem que vale por 1 milhão de palavras:


Para os incultos que não conhecem: o original.

Não, não tem nada a ver com família. Já não.


"Feliz Natal" :)

quarta-feira, dezembro 06, 2006

O pesadelo

Sexta-feira à noite... acabas de estacionar o carro a 100 metros de casa porque hoje é sexta-feira e os campónios vêm todos à cidade... Tens o azar de morar perto de um bar que hoje até tem karaoke.
Trancas o carro... começas a caminhar nas calmas, pensando que está um frio agradável... é bom para refrescar as ideias.
Um dos três postes de luz entre ti e a tua casa começa, como de costume, a falhar.

"Sempre que aqui passo..." - pensas tu.

Quando vais para atravessar a estrada, olhas em frente...

Sentes o coração bater um bocadinho mais depressa ao ver algo na sombra da caixa de electricidade do outro lado da estrada.

"Que merda é aquela?"

Inclinas a cabeça para a frente e semicerras os olhos numa tentativa inútil de perceber o que é aquilo... quando "aquilo" finalmente se mexe e sai da sombra.
Abres os olhos e chegas a cabeça para trás, enquanto o teu coração bate ainda mais depressa.


Sim... eu tive essa mesma reacção quando vi isto... se calhar ainda me ri um bocadinho mais.
A questão é que não tem piada nenhuma. Até é bastante assustador...

Imagina esta merda a ir atrás de ti enquanto toca uma canção do michael jackson...
Agora imagina 20 e a tocar uma música do elton john... Hahan... Deixa de ter assim tanta piada.


De um ponto de vista um bocado retorcido, é isto que nos espera.


A casa do Bixuh

quinta-feira, novembro 30, 2006

Far away trains passing by

hoje não usei qualquer champôo
nem qualquer gel de banho
nada
foi apenas sentir a água a fluir
deixar-me atravessar por ela
é assim que os dias têm sido
deixar fluir, deixar as coisas acontecerem
não me apetece por travão a nada
e como se não bastasse
não me apetece sentir.
Às vezes, é preferível ser uma máquina.
Não sentir, parece-me preferível
a ser confrontado com emoções...

E então repouso o coração, a mente, e o tempo
e deixo fluír...

Um dia, volto a apanhar o comboio ;)
Ele não vai embora, aliás, desliza sempre nos mesmos carris...

Sei que vou voltar a ver-te...

quarta-feira, novembro 15, 2006

Pra onde ir?


hoje foi mais um teste
correu bem
resolvi todas as perguntas
todas as alíneas
e Desisti no fim.
Que se passa?
Não sei...
Esqueço isso...
...num puff...
Com o portátil ao colo..
Cappuccino na mão...
...Quentinho.
Enquanto lá fora chove e o vento se debate com as árvores...

Há lá coisa melhor no mundo?
Haver, há. Mas não interessa...
Hoje não...

sábado, outubro 21, 2006

Aos bocadinhos...

Se é verdade que todos os dias damos um passo para a morte, hoje dei dois.


Tinha acabado de fazer "as malas" quando fui ao quarto de banho para pegar na toalha e vir embora. Aproveitei para lavar os dentes.
Assim que abri a gaveta e peguei na escova o tempo parou.
Morri um bocadinho.

"Tenho que ir lá a casa buscar a minha outra escova" - pensei...

O que senti depois foi algo de tão estranho que o mais próximo que consigo descrever é a semelhança com aqueles planos dos filmes, em que é feito zoom ao ponto de foco e tudo o resto se parece afastar. Senti a gravidade puxar-me com mais força. Senti-me impotente e conformado.
Morri um bocadinho.

A relatividade do tempo encostou-se a mim e deu-me duas palmadinhas nas costas.

"Ofereço-te este instante... ofereço-te este instante para que possas sentir."


Já to tinha dito antes... já te tinha dito que não acreditava mais... mas só hoje o senti.
E morri um bocadinho.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Smoke and mirrors

Hoje sou um espectro.
Sou pálido e sou vazio.
Sou uma espinha atravessada, um caroço de sarcasmo que sorri e pisca o olho.
Sou uma parede invisível, contudo intransponível.
Sou o som do cristal partido que ecoa pelos corredores de uma casa abandonada como um grito de desespero abafado pela distância de quem não quer ouvir.
Sou o novo e o velho, o princípio e o fim.
Sou o ódio que escapa entre palavras meigas, sou uma acção sem consequência.
Sou uma sombra num dia encoberto.
Sou um reflexo sem origem.
Sou uma ilusão...


... e tenho vergonha do que te faço.

sábado, setembro 30, 2006

Tres metros acima do ceu

Stranded here on planet earth
It's not much but it could be worse
Everything's free here, there's no crowds

Winter lasted five long years
No sun will come again I fear
Chemical harvest was sown

And I will wait for you
Until the sky is blue
And I will wait for you
What else can I do?

A spaceship from another star
They ask me where all the people are
What can I tell them?

I tell them I'm the only one
There was a war but I must have won
Please take me with you.

[PorcupineTree-ASmartKid.mp3]

Leva-me daqui... faz-me voar...
Tkx

terça-feira, setembro 19, 2006

Each small candle, lights the dark side of every human mind


A minha cabeça está um caos.
é assim que começo este texto. presumo que é assim que ele vá acabar também. são 5.40 da manhã e ainda não preguei olho.. já fui lá fora, e o tempo não muda. as árvores continuam lá. as lâmpadas da rua continuam imóveis e estáticas.
Enquanto procuro convergência, há muito que os meus colegas foram dormir. Gostava de já poder estar em semelhante estado vegetativo, "desligado" por mais uma noite...
Arrasto pela casa e não consigo abstraír-me...
Como é que cheguei até aqui? Mais uma vez, as coisas terminam abruptamente. desta vez, pela minha mão. Não consigo forçar-me a nada. Preciso de descansar, porque não parei ainda até agora. Mas descansar, parar, parece tão desnecessário, que abraço a rotina como uma benção pra me manter distraído do que me persegue.
consegui cumprir os meus objectivos das férias, e agora, tento começar um ano lectivo novo, mas...
como posso conseguir organizar-me a nível escolar, se a nível pessoal está tudo um caos? Post-it's por tudo o que é lado, papéis no chão, uma sapatilha aqui, e a escova de dentes longe da pasta de dentes, e o perfume no sítio do creme de barbear... é assim, dentro de mim.
As pessoas continuam a perceber-me mal. Continuam a achar que as trato de maneira diferente, quando trato toda a gente de maneira igual... Salvaguarda-se um caso ou dois, mas isso, a mim me pertence.
O que se passa com o mundo? Porque me vêm dizer que sou isto e sou aquilo pra elas? As outras pessoas não o são? Onde estão as boas maneiras? onde está a atenção, o cuidado das palavras, com que nos dirigimos ás pessoas? Onde está a verdadeira amizade a proliferar, em vez dos interesses?
Tudo isso se perdeu? como uma brisa matinal em aveiro, trazida pelo cheiro de cacia, que arranha as fossas nasais, e custa a respirar, como se as pessoas se tornassem mais máquinas que humanas...
I'm home again, Aveiro! :)

Continuo a não saber o que quero. Continuo a não ter um projecto de vida. Mas também, não vou fazer um sequer. As coisas têm tendência a partirem-se mais facilmente que um palito, pra quê darmo-nos ao trabalho de construír o que quer que seja?
Sim, faz-nos sonhar, mas ninguém se lembra da queda que podemos dar também.
Quando estamos felizes, esquecemos a parte racional. Tudo o que queremos é que dure e não nos perguntamos nem preocupamos porque é que estamos assim. Quando estamos tristes, entramos em parafuso, estados de melancolia, e pensamos em tudo, e pensamos em 1001 razões porque é que falhou.
Na realidade, a razão pelo qual falhou, é a 1002ª razão, que não nos démos ao trabalho de pensar...
As coisas da vida são sempre surpreendentes, mas o engenho humano tem sempre uma costela pôdre. Por muito imparciais que tentêmos ser, há momentos em que demonstramos o pior de nós. Consciente ou insconscientemente, fazêmo-lo sem pensar na ferida que vamos abrir.
As pessoas que recentemente tentaram abrir as portas, deram com o nariz nelas. Estou rodeado de muralhas, muros, e pedras. E assim quero continuar.

Each small candles lights the dark side of every human mind

vou agora tentar organizar as coisas aqui por dentro. Esquecer um pouco do que aconteceu, e abrir os olhos porque estou farto de bater com a cabeça nas paredes.
E ultimamente tens estado aí, desse lado a ouvir, a rir, a curar, a dar forças, e vivo no mesmo fuso horário que tu praticamente. Mas tem valido a pena, em cada palavra escrita. Quando saltamos no sorriso de cada um.
Só lamento ter um Oceano de distância entre ti, que nunca atravessei.
Desculpa ter estado as férias todas a trabalhar, e isso me tenha impossibilitado de ter ido ter contigo, mas há obrigações a serem cumpridas, e isso, compreendeste melhor do que ninguém.
Houve um dia quem disse que a minha vida, era uma linha recta ás curvas. Se isso me levou a ti, não sei, mas se me mantiver por perto, não quero ter que mudar por causa disso. Quero continuar a percorrer as curvas numa linha recta, mesmo que isso não faça sentido nenhum.
Vou arrumar tudo então. Já tenho tudo, desde agrafadores, furadores, dossiês, separadores, etiquetas, tudo. Pra colocar todos no seu sítio devido, pra saber quem é quem, nesta chuva de pessoas. Pra saber quem interessa, pra saber quem é história. Pra saber quem me vai acompanhar nos anos vindouros, pra saber quem pode caír no esquecimento.

A ti Joana, por tudo


António José Trindade

(RogerWaters-EachSmallCandle)

segunda-feira, agosto 07, 2006

Pedaços


sempre que sirvo um casamento,
morre algo cá dentro...
muda algo cá dentro...

há coisas que mais vale não perguntar.
vou-me sentar á chuva, e pensar
ou se calhar apenas molhar as ideias

as horas não passam, e os dias
parecem poeira nos olhos

Preciso de saír daqui

"There must be some kind of way, outta here said the joker to the thief"

Tkx

quarta-feira, julho 26, 2006

Universo paralelo

Enquanto coço as cerca de quarenta picadas de insecto que me acompanharam no regresso a casa, ainda me custa a crer que apenas passaram três dias.

Parece que foi uma vida...
Longe de tudo.
Longe da rotina pouco rotineira, longe de trabalho, estudos, complicações, datas, prazos, compromissos, reuniões, ...

...curioso como foi preciso ir para longe do que eu sou para passar três dos dias mais agradáveis dos últimos tempos.

Foi bom passar horas sem fazer nada, a olhar para o céu e sorrir.
Foi bom andar cheio de pó.
Foi bom acordar às tantas da manhã com os filhos da puta dos vizinhos das tendas do lado a tocar jambés e a gritar com a bebedeira.
Foi bom conhecer nova gente.
Foi bom estar com pessoas que estão bem.
Foi bom ser adolescente outra vez.
Foi bom aquele concerto.
Foi bom...

Chegou mais um mail... reunião, trabalho.
De volta à realidade como se a Enterprise tivesse saído de warp 2 ou 3 sem amortecedores de inércia.

Estou enjoado...

O meu mundo ficou tal e qual conforme o tinha deixado. Heh... e eu que pensava que tanta coisa teria acontecido, tanto teria mudado, que tanto tempo tinha passado...
...acho que o posso deixar mais vezes.


Só tenho que me habituar aos enjôos da volta.

sexta-feira, julho 21, 2006

A walk to remember :)


Não foi preciso muito tempo pra chegar de aveiro...
não foi preciso muito tempo ao pé de ti...
nem muitas palavras pra perceberes :)

Hoje foi dia de conversa :)
Obrigado Pai :)

Tkx

quinta-feira, julho 20, 2006

O Arco, a Flecha, o Alvo


Todos nós somos arqueiros da vontade divina. E, portanto, é indispensável saber que instrumentos temos á nossa disposição.

[O Arco]
O arco é a vida: dele vem toda a energia.
A flecha irá partir um dia. O alvo está longe.
Mas sua vida permanecerá sempre com você, e é preciso saber cuidá-la.
Precisa de períodos de inacção - um arco que está sempre armado, em estado de tensão, perde a sua potência. Portanto, aceite o repouso para recuperar sua firmeza: assim, quando você esticar a corda, estará com sua força intacta.
O arco não tem consciência: ele é um prolongamento da mão e do desejo do arqueiro. Serve para matar, ou para meditar. Portanto, seja sempre claro nas suas intenções.
Um arco tem flexibilidade, mas também tem um limite. Um esforço além da sua capacidade irá quebrá-lo, ou deixar exausta a mão que o segura. Da mesma maneira, não exija mais do seu corpo do que ele lhe pode dar. E entenda que um dia a velhice virá - e isso é uma benção, não uma maldição.
Para manter com elegância o arco aberto, faça com que cada parte dê apenas o necessário, e não disperse suas energias. Assim, você poderá disparar muitas flechas sem se cansar.

[A Flecha]
A flecha é a sua intenção. É o que une a força do arco com o centro do alvo.
A intenção do ser humano tem de ser cristalina, recta, bem equilibrada.
Uma vez que ela parte, não voltará, então é melhor interromper um processo - porque os movimentos que o levaram até ele não estavam precisos e correctos - do que agir de qualquer maneira, só porque o arco já estava retesado e o alvo estava esperando.
Mas jamais dexe de manifestar sua intenção se a única coisa que o paralisa é o medo de errar. Se fizer os movimentos correctos, abra sua mão e solte a corda, dê os passos necessários e enfrente seus desafios. Mesmo que não atinja o alvo, você saberá corrigir sua pontaria da próxima vez.
Se não arriscar, jamais saberá quais as mudanças que eram necessárias.

[O Alvo]
O alvo é o objectivo a ser alcançado. Foi escolhido por você. Nisso reside a beleza do caminho: você não pode jamais desculpar-se, dizendo que o adversário era mais forte. Porque foi você que escolheu seu alvo, e é responsável por ele.
Se olhar o alvo como inimigo, poderá até mesmo acertar o seu tiro, mas não conseguirá melhorar nada em você mesmo. Passará sua vida tentando colocar apenas uma flecha no centro de uma coisa de papel ou madeira, o que é absolutamente inútil. E quando estiver com outras pessoas, viverá reclamando que não faz nada de interessante.
Por isso, você precisa de escolher o seu objectivo, dar o melhor de si para atingi-lo, olhando-o com respeito e dignidade: precisa saber o que ele significa, quanto custou do seu esforço, do seu treinamento, da sua intuição.
Ao olhar o alvo, não se concentre apenas nele, mas em tudo o que acontece ao seu redor: porque a flecha irá encontrar-se com factores que que você não conta, como o vento, o peso, a distância.
O objectivo só existe na medida em que um homem é capaz de sonhar atingí-lo. O que justifica a sua existência, é o desejo - ou ele seria uma coisa morta, um sonho distante, um devaneio.
Assim, da mesma maneira que a intenção busca seu objectivo, o objectivo também busca a intenção do homem, porque é ela que dá sentido à sua existência: já não é mais apenas uma ideia, mas o centro do mundo de um arqueiro.

Paulo Coelho - Crónicas DN

sexta-feira, julho 14, 2006

Triunfo sobre a vida

Só há uma coisa que mudaria na minha vida: o facto de ter que trabalhar ao fim-de-semana, quando supostamente seria pra eu descansar. Mas o dinheiro não cai do céu, e as facilidades que tenho (ou dificuldades?), têm que ser obtidas com algum trabalho. Há dias, quando estava a trabalhar no restaurante mais o meu pai, porque a empregada estava de férias, e porque mais uma vez, os meus primos de coimbra querem é borga, e como eu estou "mais á mão", acabo por ser sempre chamado. Mas tudo bem. A parte boa de trabalhar lá, é poder ser o único tempo que passo de qualidade com o meu pai, por isso, chamem-me pra trabalhar quando quiserem. Ainda não te conheço a fundo Pai, mas quero estar contigo sempre :)
Ainda não era hora de almoço, e faltava alguma fruta na travessa onde está exposta, e ele disse pra ir num rápido ao super-mercado. Ok.
Tiro dinheiro da caixa, e vou descendo a rua principal abaixo, cruzo-me com algumas caras familiares, vou cumprimentando e... olha, é já aqui: Mathias ou lá o que é...
Siga! Antes de entrar já se ouvem os *beeps das registadoras a facturar...
Entro e vejo na registadora a Cláudia.
A Cláudia era uma rapariga extremamente popular no ciclo, e tinha sempre gajos a dar com pau, e sempre gente á sua volta. Para a conheceres, tinhas que conhecer já alguém do grupo, senão, estavas tramado.
Não nunca me interessei por ela, cruzes credo! Não gosto de Barbies, embora seja isso que atrai a sociedade hoje em dia. Mas pronto. Ela até era gira, nada que me faça suar, ou corar muito menos. Acho que nunca gostei muito do que toda a gente gosta. e por isso mesmo, nunca fui muito de entrar em euforias por causa dela. Ela tinha madeixas loiras naturais, o que deixava o pessoal maluco, e pronto, prá idade que tinha, já tinha um corpo bastante definido. Lembro-me que ela começou a andar com alguém bem mais velho que ela. ele tinha um ar de arruaceiro, um ar de verdadeiro chulo. Não o conhecia e não me interssava conhecê-lo. Ninguém queria tão pouco. Ele ia buscá-la e levá-la de carro á escola, um carro a caír aos bocados, mas na nossa altura do ciclo, quem é que tinha um namorado(a) que nos fosse buscar e levar?
Um acto de puro exibicionismo.
Lembro-me uma vez que fui com a minha mãe ao intermarchê e cruzámo-nos num corredor, onde estávamos só nós. Cruzei-me com ela, ela ao inicio mostrou-se desinteressada, claro, como qualquer rapariga que tenha um ego do tamanho do mundo. Que é que foi? nós víamo-nos todos os dias na escola, porque é que não haveria de dizer olá? eu não sou mal-educado, tenho princípios e boa-educação, e então, quando nos cruzámos disse: "Olá"
Ela, lá no seu alto pedestal, olhou pra mim, de seguida olhou pra mim de alto abaixo, como que á procura de roupa de marca, sinal de que a podia sustentar. Tiveste azar. Eu não visto marcas.
Ela optou por ignorar, pensando: "O que é que este quer?"
Eu sabia que ela sabia quem eu era. Infelizmente, toda a gente sabia no ciclo que a minha mãe trabalhava lá e que eu era filho dela. Professores e Alunos. Conhecidos e Desconhecidos. Qualquer asneira que eu fizesse, podiam não me conhecer, que era logo "O Filho da Dª Odete" Felizmente, eu sempre soube saír bem dessa (des)vantagem, que tinha os dois extremos, já o meu irmão, não se pode gabar do mesmo, visto que os colegas continuam a fazer o relatório da vida dele á minha mãe.
Mas nunca fui popular, não da forma dela. sempre tive o meu grupinho de amigos que foram crescendo comigo desde puto, e sempre os fui mantendo bem perto de mim. claro que há sempre uma ou outra pessoa que entra nesse grupo, e é sempre bem-vinda. Mas nunca tirei partido disso. Não precisei também. Rodeei-me de pessoas que não são interesseiras pra comigo. e isso basta-me. Nunca guardei facturas dos amigos que tenho, porque nunca os comprei.
De qualquer forma, a Cláudia decidiu seguir em frente. Eu como também nunca precisei dela pra nada, segui em frente também...

Escolhi maçãs, laranjas, e alguns pêssegos. Dirigi-me á registadora pra pagar, e ela atendeu-me sem olhar pra mim. No fim, quando pede o dinheiro, olha pra mim, sorri como se tivéssemos sido grandes amigos outrora e nos tivéssemos re-encontrado e pergunta: Olá! Não sabia que eras tu! Então, tá tudo bem contigo?

olho pra ela, mas não muito.

Recolho o meu troco da mão dela, viro costas, e venho-me embora sem uma única palavra solta da minha boca.
Desta vez sou eu que sigo em frente.
Fica bem Cláudia...

António José Trindade

I keep running into the same kind of people...



encontras sempre algo..
pra te deitar abaixo;

tudo é razão pra um drama

apercebeste-te que me tinhas..
e aborreceste-te;

a segurança dos outros..
causa-te estranheza...

Quando as pessoas acham que estão a receber mais e melhor do que merecem, nem sempre é só por insegurança emocional e falta de estima, mas porque há uma razão escondida subjacente e que mesmo inconsciente para a pessoa, encerra a verdade..

Nem todos conseguimos ver os esqueletos no armário. há quem tenha mta roupa e tralha cheia de brilho e cor a esconder os esqueletos que estão por detrás de um guarda-roupa bonito..

Mais vale magoar de uma só vez, do que ás pinguinhas com indecisões, faltas de coragem e determinação.

segunda-feira, junho 19, 2006

Vazio

"Remember!

Once it was ours
We have waited forever
We are to blame
For once it was ours"

Tem sido assim... vazio.

sexta-feira, junho 16, 2006

Gone postal...

Este sou eu hoje.

Se pudesse, saía à rua e descarregava a minha ira em todo o pobre e inocente transeunte que pudesse encontrar (especialmente naquela mulherzinha irritante do Kx!).

Porquê?
Não sei... simplesmente apetece-me.
Hoje quero sangue.
Até foi um bom dia... mas quero sangue.

Já é de dia... o camião do Intermarché lá vai picar o ponto.
É curioso... faz-me lembrar que às vezes damos as coisas erradas às pessoas certas, e as coisas certas às pessoas erradas.


É a vida... e não me arrependo de nada.

segunda-feira, maio 08, 2006

Pontos de Vista...


Uma ponte cai, pessoas morrem.

Um engenheiro, irá pensar no que falhou na estrutura;
Um Psicólogo, irá pensar na maneira como isso afecta as famílias das vítimas;
Um ambientalista irá pensar nos efeitos do ambiente e na contaminação das águas;
Um advogado irá pensar como irá defender a empresa construtora;

Lembra-te que a tua maneira de ver as coisas,
é apenas mais uma, no meio de muitas outras.

As Pessoas Mudam?


Epá as pessoas mudarem ,
é tipo molho prá comida:
o que quer que seja que ponhas lá,
o sabor mais forte, será sempre perceptível...

domingo, fevereiro 26, 2006

Às vezes...

...quando olho fixamente para os teus olhos, o tempo pára...

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Maquinas


Somos todos máquinas de queimar calorias...
comemos pra nos alimentarmos, comemos pra termos forças para sermos produtivos, comemos por necessidade corporal...
comemos...

enquanto armazenamos forças para o dia seguinte, voltar a repetir o mesmo processo repetitivo, vezes sem conta...
Quero quebrar essa barreira. Não quero comer, não quero ingerir calorias, não quero saber que o meu dia vai ser preenchido com A, B ou até mesmo C.
Quero poder ter uma surpresa de vez em quando, quero saber o que é novo pra mim, e o que é o desconhecido...
è como uma venda nos olhos, apodera-se de nós e nós, por receio, não a conseguimos tirar. Ás vezes simplesmente não queremos... tipo colete de forças que é aplicado a um doente d'um manicómio...
Libertem-me!
Quero ir acima d'um monte e poder gritar com tudo o que é pulmão! Deixem-me caír se tiver que ser! Eu saberei como me levantar! Mas não me prendam á mesma realidade insípida vezes sem conta, resultado de um processo de uma máquina...
DIZ-ME que vai ser diferente
Diz-me que não há barreiras
e que aquilo que contruímos e obtemos não é obra do acaso, mas da nossa vontade.
porque é que as coisas se repetem?
Para que saibamos apreciar a fuga á rotina...!

Até aqui, estou a escrever, a postar, a fazer uma função que poderia muito bem ser executada por uma máquina...
Somos todos Máquinas?...

Parece que não há meio de escapar-lhe...

Tkx

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Batatas... Opinioes e Cenouras

Já repararam que toda a gente tem opiniões?
Quando foi a última vez que te perguntaram algo, e te absteste de responder porque simplesmente, não tinhas opinião? NUNCA! lá está! e depois, em vez de dizeres o que realmente pensas (que é NADA), dizes uma parvalhada qualquer na esperança que isso vá ajudar quem procurou pela tua opinião...
Claro que por respeito, na maior parte das vezes, conseguimos não nos rir daquilo que acabámos de ouvir... outras vezes é inevitável... mas na maior parte,esboçamos um sorriso de concordância... só para que passêmos a imagem á outra pessoa que "Obrigado... ajudaste-me imenso...!" (NOT)

E depois vêm aqueles livros com aquelas filosofias do "Não faças nada" o que é muuuuuuito relativo!
Ora.. se fizermos alguma coisa... somos acusados de ter feito... alguma coisa!
Se por sua vez, não fizermos nada, somos acusados de... Não ter feito nada...
Ora, aqui, sim essa filosofia funciona. Do género, "Tá quietinho, deixa-te estar, não faças nada..."
Sim, aqui não faz mal, até porque mais tarde, ninguém te pode acusar do que fizeste, muito menos do que NÂO fizeste...

Epá, mas poupem-me sarcasmos, e opiniões. Se não sabem o que têm a dizer, não abram a boca pra dizer aquilo que nós queremos ouvir. Porque têm que perceber uma coisa: Se vos perguntaram a vossa opinião, é porque á partida, ela conta e ela interessa. Não sejam convenientes… sejam incómodos.
Não se contentem com o que têm, procurem sempre mais!
Não sejam apáticos, reajam!
Mas porque é que existem opiniões? Pra diferentes pessoas existem diferentes verdades… portanto continuamos presos na relatividade das coisas…
Não sei que raio, parece que o mundo perdeu a sua linha de evolução… ficámos parados no tempo ou quê?

E se eu vos perguntar qual é a vossa opinião sobre as beterrabas em prol das batatas, vocês vão dizer que as cenouras deviam ir espairecer?

Pois… bem me pareceu…

Tkx

sábado, fevereiro 04, 2006

Pelo teu sorriso...

... vendia a alma ao diabo!

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Reencontros

Às vezes encontramos as pessoas que menos esperamos, onde menos esperamos...

Estava pacientemente a colocar as batatas no prato, quando me pareceu ver alguém conhecido... Uma batatinha mais para aqui, outra batatinha mais para ali e... lá estavas tu!

Já não te via há uns tempos!
Como tens passado?

Estás com bom aspecto... ^^

"Tenho o Jamba no meu telelé"

Irritam-me profundamente aqueles anúncios das mensagens para o 4002.

Já há algum tempo que não via uma praga televisiva desta dimensão, fazendo remontar a gloriosos marcos como o Dot (Hah! Quem não se lembra do dot?!) ou a súbita explosão de reality shows neste país (sobre isso, é melhor não comentar...).

É curioso observar que, em média, 3 em cada 10 anúncios são deste género. Digo em média, pois fora dos prime-time's, este número duplica. 30% da publicidade televisiva, cujo tempo vale ouro... Das duas uma: ou andam a baixar os preços ou então este negócio das mensagens dá MESMO dinheiro.

Será possível que assim tanta gente queira ter o wallpaper do kamasutra? Ou o software anti-roubo do Jamba (wtf...)? A resposta é SIM.

Porquê?
Porque vivemos num país de idiotas, onde qualquer criança com 6 anos já tem um telemóvel.
Porque vivemos num país de idiotas que nem sequer reparam no preço de cada mensagem que enviam para o tão concorrido 4002 ou, que grande parte desses "serviços" requerem uma mensagem de desactivação.
Porque vivemos num país de idiotas, onde mais de 80% da população usa um tarifário desadequado porque simplesmente não o sabe (não quer saber...) mudar.
Porque vivemos num país de idiotas, onde adultos se divertem mostrando o seu novo toque polifónico aos amigos, à mesa de um restaurante cheio de pessoas.
Porque vivemos num país de idiotas, onde quanto mais alto se fala ao telemóvel, mais importante se é.
Porque vivemos num país de idiotas, onde interromper a refeição para atender uma chamada banal é algo absolutamente natural e não revela qualquer falta de educação.
Porque vivemos num país de idiotas, onde se atende a merda do telemóvel *dentro das salas de cinema* e nos postos de gasolina!!!
Porque vivemos num país de idiotas onde o telemóvel é mais do que o que devia ser: um aparelho para fazer e receber chamadas.

Não me interpretem mal... Contrariamente a muitas bestas que por aí se pavoneiam, queimando o nosso precioso oxigénio, tenho muito orgulho em ser natural deste país, e poucas coisas me magoam mais que ouvir "Tenho vergonha de ser Português".
A esses, um grande "Vai-te embora!", pois não fazem cá falta nenhuma.

Já disse o quanto odeio as músicas do Jamba?


- Peçonha

domingo, janeiro 29, 2006

O frio

Irrita-me profundamente quando não puxam aqueles rolos para limpar as mãos depois de os usarem, nas casas de banho públicas.

Pergunto-me o que passará pela cabeça dessas pessoas... "Ah, deixa-me cá deixar isto sujo para que possa vir outra pessoa apreciar a minha estupidez". No mínimo, idiota... contudo, comum.

Realmente, meus senhores. Vivemos num país ou numa pocilga? Isto para não falar das autências obras de arte que se vêm em certas sanitas e arredores, algumas desafiando completamente todas as leis gravitacionais. Enfim...

Irrita-me profundamente quando o Sporting ganha ao Benfica.

Mas hoje foi lindo. Vi onze jogadores de encarnado a entrarem em campo, a virarem-se de costas para o adversário, a baixarem os calções e a colocarem-se gentilmente de cú para o ar. Noventa minutos deste belo espetáculo homosexual cuja graciosidade me fez lembrar o desabrochar das florzinhas na Primavera... mas com rabos. Comovente...

Já disse que odeio este frio?


- Peçonha

sábado, janeiro 28, 2006

O meu nome e... (Parte II)

Bom Dia... O meu nome é... Frustrado x86!
è engraçado, mesmo engraçado. Se há pessoas que se põe a comparar tamanhos com os carros, há outras, que.. se põe a comparar tamanhos, mas com computadores!
Ora, como é sabido, isto é da maior relatividade que existe, porque nunca depende do factor "motor", mas sim de um conjunto de coisas que trabalham... com o "motor"
Ora... eu farto das tretas do Sr Bill Gates, dos erros e dos sucessivos Service packs, d'um sistema lento e que ao fim de 1 ano, implora pra ser formatado, decidi não comprar + nada que diga "microsoft".
Ok, vou ser honesto! só comprei uma vez, e nem soube, pq quando comprei a nehemiah, nem sabia que tava a pagar a licença do Win98SE. Foi a minha primeira vez!!! :D ... mas também a última.

Ou se calhar não. Se calhar estou apenas a procurar por uma justificação, para ter tido a curiosidade suficiente em ter comprado um sistema alternativo. Mas... para meu espanto... hoje em dia não considero curiosidade... vou ser honesto... com a quantidade de coisas que já ouvi... com aquilo que tenho que aturar diariamente... e modéstia á parte, eu diria CORAGEM! Sim! isto é uma história de coragem...
epá, por amor á coisa mais sagrada que vocês lá têm, vão-se lá foder! o que é que me interessa se o vosso pentium não sei das quantas é + rápido, ou tem isto ou tem aquilo, e mais não sei o quê? e que podem fazer o upgrade X ou upgrade Y sem se preocuparem se é compatível com o sistema que têm?

Epá, morram lá felizes com isso! Chegou as horas dos Strikes!!? Bora!
estava eu muito bem a estudar Aplicacionais para a Ciência e Engenharia, algo que envolve programação em MatLab de alguns algorítmos, quando o meu amigo sérgio se vira pra mim, na maior das convicções:
"HaHaHA o meu faz isso a cagar, e mais rápido que o teu!"
devo confessar que ao ínicio nem queria entrar numa de picanço... até pq era um Pentium 4 HT, 3.2GHz, bus a 800... epá... whatever! só pelos GHz, é o dobro do meu!
não lhe respondi!
"Ah, tás com medo?"
Epá, pronto, vou-te satisfazer a vontade! toma lá o código! vamos lá comparar, se isso te faz feliz... era um código qualquer pra calcular o gráfico 3D de uma função, etc... nerd talk, não interessa!
eu demorei 3segs a menos... não é muito.. mas mesmo assim:

Strike one! Out...

Terminou ali o mito!... pensava eu!

mas NÂO! o raio do animal, não contente com a febra que comeu, ainda tinha apetite pra outra!
"Ah, então agora vais correr aqui um algoritmo que eu fiz pra calcular todos os numeros primos em 1.000.000 de números!"
Epá... que raio... pronto! Seja! Manda vir!

IntelPentium4: 32,8 segs
Power PC G4: 3,2 segs

Strike two! Out...!

Arrumou! ficou ali! morreu! *PuF* Nem houve strike three! Nada! e Ainda bem! porra... eu não optei por isto pra andar a competir com ninguém! Ah, mas esperem, houve strike three!
Veio dias depois o meu amigo Luis duvidar do pequeno benchmark que fizémos... Dei-lhe exactamente o mesmo código...
*PIMBA*
Centrino 1.6: 26,0segs
PowerPC G4: 3,2segs

Strike three! Out...!

epá, ponham na cabeça! eu não me importo que isto não seja um cpu rápido, eu não me importo que não possa jogar (pra isso, existe a Psx) eu não me importo que vocês possam instalar TODA A MERDA que corra em x86! a sério que não! eu só queria uma estação de trabalho portátil! nada mais! Quero isto prá UNIV, pra simulações matemáticas, relatórios, etc! (e uma LanZada de vez em quando ;)
Se isto vos tornou o chão fixo que vocês tinham em areias movediças por causa do desempenho, sim, claro que fico contente! Alias, é uma arquitectura bem + antiga, e ainda dá cartas! e só vos faz ver que o que mais se comercializa e se conhece, nem sempre é o melhor que há! Mas, acho que vocês são apenas vítimas de propaganda e Marketing...

Mas ainda não termino por aqui... Passo-me totalmente quando me vêm criticar "Ah falta isto aí, falta isto ali" EPÀ...
È suposto ser SIMPLES! eficaz! não cheio de pirosices que até dá pra configurar a cor, tamanho, tipo, posição, gradiente, hifenação, espaçamento, parágrafos... *G*... só de enunciar dá-me tonturas...
é simples, eficaz e funciona! isso pra mim, basta!
E depois: Ah, devias ter esperado pelos MacIntel!
Epá, não! isso é a 1ª release de um produto novo, e que ainda ninguém sabe como se comporta ou se a diferença é assim TÂO significativa... E eu não gosto de coisas mais ou menos! gosto de coisas que são!
e isto, foi a última revisão ao PowerBook, não há + optimizado que isto para este processador/arquitectura... por isso, não me interessa se é não é um DualCore blá blá blá..
Mas... a cereja no topo do bolo é criticarem... e criticarem... e criticarem mais ainda... e depois, vaguearem pela net á procura de um programazito que faça exactamente o mesmo no deles... Epá... pronto... agora, termino eu aqui o meu devaneio...


O truque é:
Se comprares Apple, rodeia-te de pessoas que odeiem o ser diferente! Isso dar-te-há ainda mais convicção e certezas que fizeste a opção correcta! :)

Tkx

domingo, janeiro 22, 2006

Bom dia, o meu nome é...

Bom dia, o meu nome é Armindo Peçonha.

Irrita-me profundamente quando a merda da impressora decide puxar duas folhas e dar cabo da ordem de um documento com oitenta páginas. E como se não chegasse, ainda se fica a rir...

... um dia destes...

Irrita-me profundamente a raça dos tunings. Não os compreendo. Parece que andam a medir o comprimento da pila com toda a gente na estrada. A este vou chamar-lhe Zé.

Vinha eu na minha paz de espírito quando um peugeoutzito 106 ou 206 (ou 207 ou 307... com aqueles autocolantes e plásticos, é tudo a mesma merda... só muda o cheiro) se cola a mim. Era o Zé. À primeira hipótese que tem (uma faixa para cortar para uma qualquer estradeca secundária), faz aquela ultrapassagem à macho, ou melhor, à MACHO, qual ritual de demarcação de território. Reparei que ia com a namorada... e com ela foi.

Mais à frente, numa pequena fila de carros, quem é que eu encontro? Pois claro, o meu amigo Zé... colado ao carro da frente.
Como uma fila indiana de crianças num passeio do jardim-escola, lá iamos nós, ao paço da educadora. Chegamos à subida. Não, não... chegamos À subida.
Sem descer de mudança, ultrapasso a fila de carros à minha frente. O Zé não deve ter gostado, porque além de ter reduzido para quarta no início da subida, tive a sensação que enquanto o ultrapassava meteu uma terceira...

No fim da subida, voltou a colar-se a mim.

Irrita-me profundamente quando se colam a mim...

"Tive um pequeno contratempo ali atrás, queria meter a quinta e meti a terceira e por isso perdi velocidade e..." diria ele para a sua namorada, a quem exibia os dotes do portentoso veículo que conduzia, e a habilidade com que o manobrava.

O traço contínuo voltou a abrir. Não era preciso ser primo da Maya para adivinhar o que o Zé ia fazer. Mas eu fiz primeiro...

Strike one! Out...

O traço fechou. Abrandei. Colou-se novamente a mim. Nunca imaginei que a traseira do meu carro pudesse ser tão apelativa a ponto de convidar a analisar de perto os seus toscos contornos, a cerca de 120km/h.
O traço abriu novamente. Ouvi o que parecia ser um motor a atingir uma rotação bastante elevada - e ia com a música bem alta. Mais uma vez sem reduzir, acelerei.

Strike two! Out...

A lenga-lenga repetiu-se mais umas duas vezes. Finalmente, ignorando todo e qualquer limite de velocidade existente, carreguei no acelerador a fundo até o Zé desaparecer numa curva lá longe, bem atrás de mim.

"Fica para a próxima..."

Não tenho por hábito dar trela a picanços, mas como reparei que este ia com a namorada, deu-me particular gozo imaginar a sua cara ao sentir o seu instrumento - entendam o que quiserem - a ser reduzido à sua verdadeira insignificância.
Com um ligeiro esgar no rosto, foi assim que justifiquei, perante a minha consciência, o gasto de gasóleo daquela brincadeira.

Já disse como odeio quando a merda da impressora puxa duas folhas juntas?


- Peçonha

Coloring Black and White

Tudo parece saír de dentro, tudo parece entrar de fora...
Quando foi a última vez que experimentámos inverter o processo?

Há mais coisas num momento, do que conseguimos captar...
Citando-o..."O que interessa é um dia olhar pra trás, e ver coisas boas,.. que tragam aquele sorriso parvo..."
Não é preciso procurar muito e contrar um desses...
a verdade é que ao longo do tempo definimos caminhos diferentes, interesses diferentes...
claro que voltar a casa ao fim-de-semana e abancar ah frente do Intermarchê até alguém preocupado em casa telefonasse para saber onde estávamos, era o ponto de encontro... era um espaço só nosso...
Influenciados por uns, desmotivados por outros, isso foi-se perdendo... deixou de ser hábito...

Na televisão, um filme de macacos a espancar humanos, distrai-me enquanto não consigo ligar as coisas que quero dizer....
No fundo, ao longo da vida e do crescimento a que somos sujeitos, somos como um piano velho, na medida em que já não somos irresponsáveis (embora ás vezes ainda o consigamos ser)
Carregamos o pó em cima, sinal de tudo aquilo que jah passámos... bom e/ou mau...
Mas por muito que as coisas sigam caminhos opostos... lembra-te do piano!
E pensa... que se não tiveres medo e tocares numa tecla...

verás que o Piano ainda toca... :)

Tkx

sábado, janeiro 21, 2006

"Dog day sunrise"

Se há dias em que não apetece sair da cama... há dias em que nem sequer apetece acordar. Apenas a voz dela podia suavizar pior notícia.

Enfim, o típico "começo de dia de merda".
Não me apetecia ir trabalhar. Voltei à terrinha. Tudo na mesma.

Ou se calhar não... reparei que a saída da IP estava um pouco deslocada... coisa de um centímetro, se tanto. Deve ser por causa dos recentes sismos anunciados pela TVI...

Nada como o conforto do lar para fazer desaparecer todos os problemas. Acho que aquela porta tem poderes mágicos...

Mais uma reunião da irmandade do caneco. Com algumas intrusões mas, mesmo assim, uma boa reunião... como todas as outras. O conforto de estar entre irmãos e canecos de cerveja faz-me sorrir discretamente, ao pensar que dê o mundo quantas voltas der, há coisas que nunca vão mudar.

"Quando vem à tona..."
... e vai mais uma.

Crossroads

Já não me lembro bem porquê, mas hoje lá abri uma janelinha no messenger com ele.

Embora nunca o tenhamos admitido, ambos sabemos que as coisas têm sido diferentes, mais distantes.
As palhaçadas do costume, as perguntas típicas, as novidades daquela cidade não tão distante assim... enfim, uma amena cavaqueira como já não tínhamos há algum tempo.

Eis que surge a ideia mais parva do mundo (ou não tivesse saído das nossas cabeças...): "Vamos fazer um blog".
Sem "mas" nem "porquê", o consenso foi imediato. Estranhamente imediato. Quase tão estranho como o facto de escrevermos os dois no mesmo blog. Acho que não podia ter escolhido alguém cuja personalidade fosse diametralmente mais oposta à minha. Creio que foi por isso que não houve qualquer hesitação...

Ainda não tinha percebido que, embora separados, os nossos caminhos podiam continuar paralelos...

...a amizade tem destas coisas.