quinta-feira, outubro 19, 2006

Smoke and mirrors

Hoje sou um espectro.
Sou pálido e sou vazio.
Sou uma espinha atravessada, um caroço de sarcasmo que sorri e pisca o olho.
Sou uma parede invisível, contudo intransponível.
Sou o som do cristal partido que ecoa pelos corredores de uma casa abandonada como um grito de desespero abafado pela distância de quem não quer ouvir.
Sou o novo e o velho, o princípio e o fim.
Sou o ódio que escapa entre palavras meigas, sou uma acção sem consequência.
Sou uma sombra num dia encoberto.
Sou um reflexo sem origem.
Sou uma ilusão...


... e tenho vergonha do que te faço.

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